Seleção nacional de partida para Tel Aviv Grand Slam 2021

Fev 15 2021

Seleção nacional de partida para Tel Aviv Grand Slam 2021

A seleção de Portugal que irá competir no Grand Slam de Tel Aviv, de quinta-feira a sábado, 18 a 20 de fevereiro, partiu hoje de Lisboa para Israel. Cinco judocas femininos e três masculinos irão competir pelas medalhas, entre 456 judocas (268 masculinos e 188 femininos) em representação de 68 países.

O Grand Slam de Tel Aviv é a segunda etapa do calendário da Federação Internacional (FIJ) em 2021, depois do Masters de Doha, realizado de 11 a 13 de janeiro.

Pontos altos da temporada serão o Europeu de Lisboa de 16 a 18 de abril, o Mundial de Budapeste, de 6 a 13 de junho, e os Jogos de Tóquio 2020 de 24 a 31 de julho.

O ranking olímpico no judo encerra a 28 de junho, data em que serão conhecidos os 18 judocas classificados, em cada categoria, para os Jogos de Tóquio 2020. Um ano marcado ainda pelos Grand Slam de Tashkent (Usbequistão), Tbilisi (Geórgia), Antalya (Turquia) e Paris (França).

Ana Hormigo e Pedro Soares são os treinadores nacionais que farão o enquadramento técnico destas seleções em Tel Aviv.

 Ana Hormigo: “O Grand Slam de Tel Aviv é mais uma prova de apuramento para os Jogos Olímpicos, com uma pontuação muita elevada. Uma competição que tem uma componente de observação para o Campeonato da Europa de Lisboa. Apresentamos uma seleção composta por atletas que procuram o apuramento olímpico, com a consolidação no topo 8, que dará cabeça de série, e outros, mais jovens, que procuram reforçar a sua posição no ranking de qualificação, como é o caso de Rodrigo Lopes, que está muito perto da qualificação, dentro da cota direta ou cota continental, já que ainda não temos nenhum atleta a ocupar a cota continental onde há ainda muitos pontos em jogo.

Os nossos judocas estão bem preparados. Atletas que não são cabeça de série por isso terão sempre que esperar pelo sorteio. No judo não há certezas de nada, mas consideramos que qualquer um deles pode fazer um bom resultado.

A nossa preparação tem vindo a decorrer em Coimbra. Não podemos dizer que é ideal porque estamos a atravessar a pandemia e isto é transversal a todas as modalidades, mas conseguimos encontrar as condições que nós desejamos para treinar e manter as equipas juntas todas as semanas. Isso é muito positivo. O judo é uma modalidade que está habituada a treinar muito no estrangeiro com os seus adversários, com atletas de topo. Em Coimbra, temos treinado não só os olímpicos, que precisam de atletas com nível para preparar as provas, mas encontrámos um equilíbrio com atletas juniores, cadetes. Estamos em 2021, os jogos estão à porta, mas temos de assegurar o futuro da modalidade. Estes jovens serão só futuros olímpicos.

Mas também temos tido a treinar em Coimbra atletas de outras seleções que tem procurado em Portugal essas condições. O que para nós é gratificante ter esse reconhecimento a nível internacional. Desde o inicio da pandemia que recebemos o Brasil, que esteve alguns meses a treinar com a seleção de Portugal. O que nos deu confiança e foi um exemplo para outros países. Claro que respeitando todas as normas de segurança. Não é fácil porque temos de estar sempre a fazer testes. Tivemos também a Bélgica, que esteve em Coimbra por duas vezes, a Finlândia, alguns atletas da seleção de Espanha. Tem sido bom para nós como para eles, pois temos a possibilidade de treinar com atletas de qualidade.

Os grandes desafios de 2021 foram reequacionados por causa do covid que obrigou a refazer o calendário a nível internacional, com mais provas de apuramento, porque o apuramento teria acabado o ano passado em junho. Para a seleção de Portugal o Campeonato da Europa, de 16 a 18 de abril é um grande objetivo a curto prazo. O mundial, a um mês dos Jogos olímpicos, o que não costuma acontecer. O que são muitos pontos em jogo para a qualificação olímpica.”

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